Fluxo de caixa: o que é, para que serve e como fazer
Um empreendedor que almeja o sucesso do seu negócio precisa acompanhar as finanças da sua empresa, e o fluxo de caixa é indispensável para isso.
Um dado interessante que todos já devem saber: mais negócios fecham as portas do que abrem no Brasil. Isso significa que saber o quanto de dinheiro a empresa tem em caixa é fundamental para que o planejamento e controle mantenham o negócio saudável e de portas abertas.
Se você tem uma empresa e quer saber mais sobre esta ferramenta de gestão financeira, continue lendo este artigo e veja como o fluxo de caixa muda a sua análise e tomada de decisões.
O que é um fluxo de caixa e para que serve?
O fluxo de caixa é uma ferramenta que possibilita à empresa acompanhar e administrar suas movimentações financeiras. Ou seja, é um meio de manter a saúde financeira do negócio, já que todo o capital que entra ou sai é registrado nele.
Por ser um indicador importante, o fluxo de caixa serve para que o gestor controle os próximos passos da empresa, analisando e executando estratégias de reorganização do planejamento financeiro ou investimento em recursos para o crescimento.
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Os tipos de fluxo de caixa
Existem modelos de fluxo de caixa que podem variar de acordo com o propósito dentro da sua empresa. Cada um deles traz um panorama sobre as movimentações financeiras de processos e áreas. Consideramos como os principais:
- Fluxo de caixa projetado
Como o próprio nome diz, é um fluxo usado para projeções de pagamentos e recebimentos. Ele ajuda você a observar com antecedência os seus custos e despesas, potencial de vendas, capital de giro, entre outros.
Esse tipo de fluxo também é usado como comparativo do que foi previsto e o que foi alcançado. É uma forma de entender se a empresa está no caminho previsto.
- Fluxo de caixa operacional
Neste fluxo a empresa registra apenas as movimentações financeiras relacionadas à sua operação, como por exemplo, a compra de matéria-prima.
Não é considerado tributos, rendimentos ativos ou qualquer conta que não é ligada à operação do negócio.
- Fluxo de caixa direto
Apesar de ser semelhante ao operacional, o fluxo de caixa direto inclui tributos, investimentos e capital de giro.
Os registros das movimentações são feitos na sua forma bruta, sem realizar descontos.
- Fluxo de caixa indireto
Esse fluxo está mais ligado ao DRE (Demonstrativos de Resultados do Exercício), que têm sua atualização com base em fatores econômicos: Depreciação, amortização, etc.
As suas informações aparecem com o uso dos registros dos balanços patrimoniais do início e do final de um determinado período, além da DRE e outros dados contábeis.
- Fluxo de caixa de investimentos
Quando a empresa já fez a dedução dos custos e despesas (incluindo pagamento de tributos), o valor que sobra é usado para o fluxo de caixa de investimentos.
Essa ferramenta possibilita que a empresa tenha uma visão ampla sobre a viabilidade do orçamento para possíveis investimentos.
- Fluxo de caixa livre
É um fluxo que corresponde ao que resta depois das deduções e pagamentos contábeis. É muito usado em estimativas financeiras e valorização de um negócio.
Ele permite mensurar a capacidade que uma empresa tem de produzir capital em curto, médio e longo prazo.
- Fluxo de caixa simples
A palavra simples ajuda a entender como funciona este fluxo, ele é o levantamento mais simplificado das suas movimentações financeiras. É muito utilizado por negócios abertos recentemente ou pequenas empresas.
Neste tipo de fluxo, você visualiza todas as movimentações: entradas e saídas.
- Fluxo de caixa diário
É um fluxo em que a empresa controla todas as suas movimentações financeiras em um dia. Método muito utilizado por varejistas ou negócios do tipo.
Esse controle das informações acontece todo fim de expediente, quando a empresa fecha seu caixa.
- Fluxo de caixa descontado
Utilizado em situações específicas, este fluxo ajuda o empreendedor e o seu contador a entender o valor de uma empresa naquele momento. Calculando o valor de um ativo levando em consideração o seu caixa futuro.
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Como fazer um fluxo de caixa?
Agora que já sabemos a importância e os tipos que existem dessa ferramenta, confira os passos que separamos para ajudar você a fazer um fluxo de caixa corretamente:
1. Verifique o saldo inicial da empresa
Esse primeiro passo pode ser desafiador caso o seu financeiro esteja desorganizado, mas esse saldo inicial é muito importante para que você entenda o quanto de dinheiro em caixa possui.
Feito isso, estipule um prazo em que serão lançados os dados de fechamento e análise da demonstração de caixa - mensalmente ou trimestralmente, por exemplo.
Com o saldo inicial e o período de execução do fluxo alinhados, seguimos adiante.
2. Identifique e categorize suas receitas e despesas
Vimos o quão importante é anotar os valores que entram e saem do seu negócio, mas agora é o momento de identificar e categorizar todas essas informações.
Você pode, por exemplo, organizá-las em:
- Fornecedores
- Despesas Operacionais (São os gastos com água, luz, telefone, etc.)
- Outras saídas (Os gastos que não são recorrentes)
Recomendamos que lance todas as informações categorizadas juntamente com as datas de vencimento de cada uma delas. Isso permite organizar e prever a entrada e saída de caixa, ajudando nos pagamentos e evitando multas ou juros desnecessários.
3. Projete os próximos meses do fluxo de caixa
A projeção do fluxo de caixa não é uma tarefa complicada, basta você estipular os resultados esperados levando em consideração os seus custos comuns, assim como a sua margem de lucro.
Caso a sua empresa já tenha meses ou anos de operação, utilize os dados retroativos para ajudar na sua projeção.
Ao fazer um fluxo de caixa correto todos os meses, você passa a entender e identificar uma média de valores (principalmente nas despesas), ajudando no seu planejamento financeiro.
4. Registre todas as informações
Não deixe nenhuma entrada ou saída de fora dos seus registros de movimentações. Lembre-se de acrescentar qualquer nova entrada ou dar baixa em qualquer nova saída.
Essa precisão é essencial para que a sua interpretação da situação financeira da empresa seja completa.
5. Analise os dados registrados
Feito todo o mapeamento e inserção das informações, o fluxo de caixa está pronto para a parte mais importante: a análise dos dados.
E é exatamente para isso que serve esse instrumento. Você adquire um olhar apurado de todo o dinheiro da sua empresa, facilitando o planejamento, as ações e onde agir.
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Nela você poderá:
- Inserir as informações sobre o movimento financeiro (entradas e saídas de recursos) da sua empresa.