Planejamento financeiro 2023: como estruturar o orçamento da sua empresa

Para entender como estruturar o orçamento para a sua empresa, continue lendo!

Para que serve o planejamento financeiro?

As funções do planejamento são múltiplas. Em primeiro lugar, o orçamento geral da empresa tem uma função de levar o negócio a uma direção.

Em outras palavras, deve representar um ponto de partida. Dependendo do orçamento previsto, a administração da empresa poderá fazer inclusive todas as previsões do negócio para o próximo ano.

Isso implica um direcionamento dos investimentos, de acordo também com o mercado.

Se as despesas excederem os lucros, a empresa estará no prejuízo. Se os lucros forem maiores que as despesas, a empresa é lucrativa.

Entenda como fazer o planejamento financeiro da empresa

Agora que você já sabe em linhas gerais o que é ter um planejamento financeiro, vamos ver na prática como funciona. A elaboração não é tão simples e, ao mesmo tempo, é indispensável para a saúde financeira da empresa.

Confira abaixo os principais passos:

1) Diagnóstico financeiro

Antes de tudo, é necessário realizar um diagnóstico das condições financeiras da organização.

Isso pode ser feito de acordo com os relatórios e documentos orçamentários do último ano ou dos últimos meses.

A ideia é fazer uma análise de dados como faturamento, lucro, prejuízo, quantidade de vendas, despesas, custos, pagamento de impostos, entre outros.

Além disso, é essencial verificar quais foram os períodos em que a empresa teve bom ou mau desempenho e se há alguma influência sazonal.

Então, após esse diagnóstico financeiro, é possível analisar se a empresa está indo na direção certa e se é preciso fazer correções ou alterações no orçamento.

2) Definição de objetivos

Definir objetivos é importante porque são eles que vão ser o parâmetro para que você saiba o que quer alcançar.

Para isso, é necessário definir metas e objetivos no planejamento financeiro empresarial, que incluem, por exemplo:

• Redução de custos fixos em 10% nos próximos 6 meses.
• Aumento dos lucros de 25% nos próximos 4 meses.
• Ter um planejamento tributário para reduzir impostos.
• Negociar com fornecedores e reduzir custos variáveis.
• Investir em uma nova tecnologia até o fim do semestre para aumentar a eficiência dos processos.

3) Plano de ação

Depois que as metas e os objetivos são definidos, é preciso criar um plano de ação. Basicamente, o plano de ação se divide em metas.

Essas metas são referentes não apenas ao setor financeiro, mas envolvem todos os departamentos da empresa.

Além disso, elas precisam ser atingíveis, realistas e mensuráveis. Neste plano, pode ser feita, inclusive, a divisão de tarefas, com prazos para conclusão.

4) Projeção de vendas

A projeção de vendas avalia a atual conjuntura para saber qual é a estimativa de vendas para um determinado período de tempo.

Assim, você terá uma ideia clara de seus ganhos futuros de acordo também com outras previsões como despesas, custos e investimentos.

Então, avalie todos os canais de venda da organização e os respectivos produtos ou serviços no planejamento financeiro.

Feito isso, e tendo como referência o histórico atual, faça o cálculo do volume de vendas médio de cada produto, para ter uma estimativa de quanto a empresa vai vender no próximo ano, por exemplo.

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5) Estimativas de outras receitas

Depois de fazer as projeções sobre as vendas futuras, é essencial estimar também outras possíveis receitas para o mesmo período.

Por exemplo, se a sua empresa faz investimentos financeiros, a previsão de receita precisa estar no orçamento, assim como outros possíveis ganhos adicionais.

6) Custos e despesas da empresa

Os custos e as despesas da organização precisam ser controlados frequentemente em qualquer negócio, independentemente do porte.

Nesse sentido, os custos podem ser variáveis ou fixos e têm relação direta com a atividade fim da empresa. Por exemplo, aluguel de espaço, estoque de mercadorias, pagamento de pessoal e outros.

Já as despesas também podem ser variáveis ou fixas. Elas têm relação indireta com a atividade fim do negócio. Por exemplo, conta de luz ou telefone, impostos, limpeza e outros.

7) Ativo fixo

O ativo fixo também deve constar no orçamento e no planejamento financeiro, pois são direitos e bens permanentes que permitem o funcionamento e a continuidade da empresa.

Os ativos são divididos em tangíveis ou intangíveis. Os tangíveis são, por exemplo, máquinas, equipamentos, mobília, ferramentas, entre outros.

Os intangíveis são a marca da empresa, direitos de imagem, direitos autorais, ações e outros.

8) Movimentações financeiras

As movimentações financeiras incluem todos os valores financeiros que entram e saem que precisam ser registrados.

Não pense que tais registros são irrelevantes, por menores que sejam. Na verdade, este é praticamente o cerne de um bom planejamento financeiro, que parte de todas as receitas e todos os gastos de uma empresa.

Alguns dos instrumentos utilizados para fazer esse controle são o livro diário ou o livro caixa, que podem ser controlados por planilhas ou softwares. Em termos contábeis, são lançamentos de débito e crédito.

9) Investimentos

Para que uma empresa cresça, a previsão de investimentos também deve estar presente no orçamento. São os investimentos que vão permitir que sua empresa não fique estagnada e tenha lucros cada vez maiores.

Por exemplo, em seu planejamento financeiro, pode ser que você tenha planos de abrir uma filial, pode ser necessário investir em um novo maquinário, aumentar a quantidade de funcionários, investir em tecnologia, entre outros.

Então, esse investimento pode ser feito a partir de empréstimos ou de crédito em instituições financeiras ou por meio de acionistas.

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Como organizar o seu negócio com o planejamento financeiro?

Para que sua empresa tenha uma boa administração financeira, é necessário, sobretudo, que conte com profissionais qualificados, como contadores ou consultores de negócios.

Eles serão capazes de fornecer-lhe os conhecimentos necessários e úteis na gestão global do patrimônio da empresa e do orçamento.

Dessa forma, o empreendedor poderá:

• Planejar, programar e controlar a própria atividade empresarial, por meio do estudo e do controle periódico da gestão organizacional.
• Gerir o orçamento da empresa por meio de uma análise contabilística com método analítico de curto, médio e longo prazo.
• Gerenciar o plano de negócios com análise de setores de mercado e planos de investimento úteis para atingir os objetivos econômicos, patrimoniais e financeiros.
• Realizar análises técnicas de dados contábeis e demonstrações financeiras.
• Melhorar as competências do pessoal da empresa.
• Avaliar novas oportunidades de crescimento, com pesquisa de desenvolvimento e estratégias de posicionamento e marketing.

Ao controlar estes elementos, será possível criar e manter uma organização que seja eficaz e financeiramente saudável, inclusive para obter mais valor que os concorrentes do setor.

Feitas as previsões, o orçamento também serve para monitorar o cumprimento dessas previsões.

Durante o período para o qual foram feitos determinados cálculos no planejamento financeiro (geralmente um ano), o orçamento serve para verificar se esses cálculos são respeitados.

Eventualmente você pode alterar alguns pontos caso surjam problemas, mas sempre mantendo o orçamento em mãos para ter uma ideia do terreno em que está pisando.

Espero que este artigo tenha ajudado você a entender como funciona a estruturação do orçamento de uma empresa.